quinta-feira, 29 de maio de 2008

Modernized Alice in Wonderland

Eu estava procurando vídeos sobre “Alice no País das Maravilhas” no YouTube e acabei encontrando esta versão contemporânea.

Simples, mas muito divertida (^,^)

Dylan, o autor do clipe, disse que se baseou em um episódio da séria “Sabrina, a bruxa adolescente” para recriar a história.

Modernized Alice in Wonderland



Fonte:
http://www.youtube.com/watch?v=O3erifMKin8

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Bruno's Art & Sculpture Garden

O artista Bruno Torfs possui um estilo sem igual cheio de cultura e caráter.

Escondido entre as árvores da pequena aldeia vitoriana de Marysville (em Melbourne, Austrália) está um mundo cheio de fantasia, beleza e humor. Bruno criou uma das experiências mais incríveis e profundamente inspiradoras do mundo da arte.

Descobri o artista através de uma apresentação em power point que minha mãe me enviou. Suas esculturas simplesmente me encantaram (^,^).


Abaixo estão algumas imagens:






Para ver mais, visite o site:
http://www.brunosart.com

terça-feira, 20 de maio de 2008

Histórias do Século XVIII (7a parte): Rapunzel

Eu já publiquei a versão da Rapunzel francesa, Persinette (se você ainda não leu clique AQUI).
Hoje trago a versão alemã, escrita pelos Irmãos Grimm.


Um casal sem filhos que queria uma criança vivia ao lado de um jardim murado que pertencia a uma bruxa. A esposa, no fim da gravidez, viu repolho no jardim e o desejou obsessivamente, ao ponto da morte. Por duas noites, o marido saiu e invadiu o jardim da bruxa para recolher para a esposa, mas na terceira noite, enquanto escalava a parede para retornar para casa, a bruxa apareceu e acusou-o de furto.
O homem implorou por misericórdia, e a mulher velha concordou em absolvê-lo desde que a criança lhe fosse entregue ao nascer. Desesperado, o homem concordou; uma menina nasceu, e foi entregue à bruxa, que nomeou-a Rapunzel.

Quando Rapunzel alcançou doze anos, a bruxa trancafiou-a numa torre alta, sem portas ou escadas, com apenas um quarto no topo. Quando a bruxa queria subir a torre, mandava que Rapunzel estendesse suas tranças, e ela colocava seu cabelo num gancho de modo que a bruxa pudesse subir por ele.

Um dia, um príncipe que cavalgava no bosque próximo ouviu Rapunzel cantando na torre. Extasiado pela voz, foi procurar a menina, e encontrou a torre, mas nenhuma porta. Foi retornando frequentemente, escutando a menina cantar, e um dia viu uma visita da bruxa, assim aprendendo como subir a torre.

Quando a bruxa foi embora, pediu que Rapunzel soltasse suas tranças e, ao subir, pediu-a em casamento. Rapunzel concordou. Juntos fizeram um plano: o príncipe viria cada noite (assim evitando a bruxa que a visitava pelo dia), e traria-lhe seda, que Rapunzel teceria gradualmente em uma escada. Antes que o plano desse certo, porém, Rapunzel tolamente delatou o príncipe. Na primeira edição dos Contos de Grimm, Rapunzel pergunta inocentemente porque seu vestido estava começando a ficar apertado em torno de sua barriga, revelando tudo para a bruxa (que soube que Rapunzel estava grávida, o que significava que um homem se encontrara com ela). Em edições subseqüentes, Rapunzel perguntou distraidamente por que era tão mais fácil levantar o príncipe do que a bruxa.

Na raiva, a bruxa cortou cabelo de Rapunzel e expulsou-a da torre, para que ela vivesse sozinha. Quando o príncipe chegou naquela noite, a bruxa deixou as tranças caírem para transportá-lo para cima. O príncipe percebeu horrorizado que Rapunzel não estava mais ali; a bruxa disse que nunca mais a veria e empurrou-o até os espinhos de baixo, que o cegaram.

Durante meses ele vagueou através das terras infrutíferas do reino, e Rapunzel mais tarde deu à luz duas crianças gêmeas. Um dia, ela estava bebendo água e começou a cantar com sua bela voz de sempre. O príncipe ouviu-a e encontrou-se com ela. As lágrimas de Rapunzel curaram a cegueira, e a família foi viver feliz para sempre no reino do príncipe.

Obs: A bruxa é chamada "mãe Gothel", um termo comum para uma madrinha, em alemão. Isso pode caracterizar uma mãe superprotetora, e as interpretações diferem frequentemente no quão negativamente deve ser considerada a "bruxa" (chamada assim em grande parte das versões lusófonas).

Fonte:

Histórias do Século XVIII (6a parte): Branca de Neve

Existem muitas versões para o conto-de-fadas “Branca de Neve”, sendo que a mais conhecida foi coletada pelos Irmãos Jacob e Wilhelm Grimm. A versão alemã apresenta elementos como o "espelho mágico" e os "sete anões". Em outras versões, os anões são geralmente substituídos por ladrões, enquanto que o diálogo com o espelho é feito com o sol ou a lua.


Abaixo está um resumo do conto escrito pelos irmãos Grimm, que é um pouquinho diferente da versão que conhecemos hoje:
Uma rainha dá à luz uma menina que passa a chamar de Branca de Neve.

Todos os dias, o espelho diz à soberana que ela é a mulher mais bela. Mas, no dia em que Branca de Neve completa 7 anos, ela lhe toma o lugar na preferência do espelho.

A rainha passa a odiar a filha. Manda caçá-la, mas ela foge.

A soberana decide fazer o serviço por conta própria. Da primeira vez, disfarçada, aperta sua cintura com um laço; da segunda, lhe dá um pente envenenado; da terceira, a faz comer a maçã. Branca de Neve dorme por anos, sem que os anões da floresta a enterrem.

Chega o príncipe e se apaixona pela moça que nunca apodrece. Ele convence os anões a levá-la ao castelo. Um dia, o corpo da mulher escorrega pelo chão e o pedaço de maçã envenenado sai pela boca. Branca ressuscita e o príncipe quer casar. Ambos convidam a rainha ao casamento. Lá, ela é obrigada a dançar com sapatos de ferro quente até a morte.

Fontes:
http://cantinhodaliteratura.spaceblog.com.br/87102/Branca-de-Neve-Irmaos-Grimm/
http://www.terra.com.br/diversao/2001/12/07/002.htm

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Esculturas de Chiclete

O que mais falta inventar?...

O artista italiano Maurizio Savini se distinguiu usando um material muito incomum para suas esculturas: chiclete rosa.

Abaixo você encontra alguns de seus trabalhos:




Estas imagens eu retirei do site Blame It On The Voices.
Para ver mais, acesse:
http://blameitonthevoices.blogspot.com


FONTE:
http://blameitonthevoices.blogspot.com/2008/01/chewing-gum-sculptures.html

Keiji Kawaguchi

Dê uma olhada neste simpático sapinho:

Lindo não? (^,^)
E se eu disser pra você que ele é feito de papel?...

Isso mesmo! É papel! Mas parece de verdade, não é mesmo?

Essa linda obra de arte é criação de Keiji Kawaguchi. Além do sapo, ele criou vários bichinhos, todos são bem fáceis de se montar e podem ser encontrados no site: http://www.raspera.com/fast.html.

Infelizmente só terão acesso a download aqueles que se registrarem e pagarem uma taxa de $30,00 (aproximadamente R$ 60,00)... Um pouco “salgadinho” para nós brasileiros (>,<).

O site disponibiliza alguns exemplos: o sapo, o camaleão, um cachorro e um pássaro. Que você pode baixar no Raspera.com ou clicando no link abaixo:

Downlod dos exemplos:
http://www.mediafire.com/?mdgh3ybqsnc

Os arquivos estão em PDF, após imprimir é só recortar e montar (^,^).


FONTES:

http://www.raspera.com/fast.html
http://paperkraft.blogspot.com

segunda-feira, 5 de maio de 2008

AnthologyBuilder



O que você acha de adquirir um livro que só você irá possuir????

Encontrei na Internet um site que referência uma página estrangeira, AnthologyBuilder, que faz impressão por demanda!
Você escolhe uma capa, seleciona contos que totalizem até 350 páginas e adquire um livro - que só você terá - por menos de US$ 15.

Não é um máximo?! Pena que esse tipo de impressão ainda não tem no Brasil...
A não ser que você peça para encadernar seus contos preferidos em uma gráfica, mas isso seria pirataria (uma vez que os direitos autorais não são respeitados na maioria das vezes).

Visite o site para saber mais:
http://www.anthologybuilder.com


FONTES:
http://www.alessandromartins.com/2008/01/31/faca-sua-propria-antologia-de-contos/
http://www.anthologybuilder.com/welcome.php

Le Petit Prince: O Pequeno Príncipe

“... só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.”

Depois de “Alice no País das Maravilhas”, “O Pequeno Príncipe” é o meu livro preferido! (^,^)
Gosto tanto dele que até estranho o fato de não tê-lo citado ainda aqui no blog.
A história começa quando o narrador encontra o pequeno príncipe ao fazer um pouso forçado no deserto de Sahara. Ele estava consertando o seu avião quando ouve uma vozinha pedindo-lhe para desenhar um carneiro...

Apesar de, à primeira vista, ser um livro para crianças, a obra possui um grande teor poético e filosófico. Trata-se de “um livro de criança feito para adultos”.

Le petit prince”, conhecido como “O Pequeno Príncipe” no Brasil e “O Principezinho” em Portugal, é um romance do francês Antoine de Saint-Exupéry publicado em 1943 nos Estados Unidos. Somente três anos mais tarde, já tendo falecido o autor, sairia à primeira edição na França.

Para os interessados, disponibilizo aqui o livro para download:
O Pequeno Príncipe (729.44 KB)

Depois de lerem o livro, recomendo também que assistam ao filme de 1974, “O Pequeno Príncipe”, com Bob Fosse, Gene Wilder e Richard Kiley.

O filme é muito bom e também muito fiel ao livro. Abaixo está um trecho em que o Príncipe se encontra com a Raposa, onde a mesma fala as célebres frases: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" e "O essencial é invisível para os olhos". É a minha parte preferida, tanto do livro quanto do filme.



Além do filme, também há o anime de 1970, Hoshi no Ouji Sama Petit Prince (O Pequeno Principe das Estrelas)... Mas deixarei para comentar em uma outra postagem.


FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_petit_prince
http://opequenoprincipe.50webs.org/
http://www.americanas.com.br/AcomProd/589/134895

Histórias do Século XVIII: 5a parte

Eis mais um conto do Século XVIII que é desconhecido por muitos... Chama-se “Os Três Dons”, e mais uma vez encontramos nele a imagem da “Madrasta Má” (coitadas das madrastas, sempre retratadas como vilãs nas histórias dos camponeses).

Existem outras versões desta história, mas vou deixar para outra ocasião.


OS TRÊS DONS
Era uma vez um menino cuja mãe morreu logo depois de seu nascimento. Seu pai, que ainda era jovem, tornou a ,se casar imediatamente; mas a segunda mulher, em vez de tomar conta do enteado, detestava‑o de todo o coração e o maltratava.

Ela o mandou cuidar dos carneiros, às margens da es­trada. Ele tinha de ficar fora de casa o dia inteiro, tendo apenas, para se cobrir, roupas esfarrapadas e remendadas. Para comer, ela só lhe dava uma pequena fatia de pão, com tão pouca manteiga que mal cobria a superfície, por mais que ele se esforçasse em espalhá‑la.

Um dia, quando ele comia essa magra refeição, sentado num banco, espiando para seu rebanho, viu uma velha esfar­rapada vir pela estrada, apoiada num bordão. Parecia uma mendiga, mas, na verdade, era uma fada disfarçada como as que existiam naquele tempo. Aproximou‑se do menino e lhe disse:

"‑ Estou com muita fome, Você me daria um pouco de seu pão?"
"‑ Ai de mim! Mal tenho que baste para mim mesmo, porque minha madrasta é tão sovina que, cada dia, corta para mim uma fatia mais fina. Amanhã, ainda será mais fina."
"‑ Tenha pena de uma pobre velha, menino, e me dê um pedacinho de seu jantar".

O menino, que tinha bom coração, concordou em divi­dir seu pão com a mendiga, que voltou no dia seguinte quando ele se preparava para comer e pediu, mais uma vez, que tivesse piedade. Embora o pedaço fosse ainda menor que no dia anterior, ele concordou em cortar uma parte para ela,

No terceiro dia, o pão com manteiga mal chegava à lar­gura de uma mão mas, mesmo assim, a velha recebeu seu pedaço.

Quando acabou de comer, ela disse:

"‑ Você foi bon­doso para com uma velha que pensou que estivesse men­digando pão. Na verdade, sou uma fada e tenho o poder de lhe conceder três desejos, como recompensa. Escolha as três coisas que lhe darão o maior prazer."

O pastorzinho tinha uma besta na mão. Desejou que todas as suas setas, sem perder uma só, abatessem passari­nhos, e que todas as melodias tocadas por ele, em sua flauta, tivessem o poder de fazer todos dançarem, querendo ou não. Teve certa dificuldade em escolher o terceiro desejo; mas pensando em todos os maus‑tratos recebidos de sua madras­ta, teve vontade de se vingar e desejou que, todas as vezes que espirrasse, ela não resistisse e soltasse um peido alto.

"‑ Seus desejos serão atendidos, homenzinho", disse a fada, com os trapos transformados num belo vestido e com o rosto tendo um aspecto jovem e fresco.

À noite, o menino conduziu o seu rebanho de volta e, ao entrar em casa, espirrou. Imediatamente, sua madrasta, que estava ocupada fazendo bolos de trigo na lareira, sol­tou um alto e retumbante peido. E, cada vez que ele fazia "atchim", a velha respondia com um som tão explosivo que ficou coberta de vergonha. Aquela noite, quando os vizi­nhos se reuniram para a veillée, o menino deu para espirrar com tanta freqüência que todos repreenderam a mulher por seus maus modos.

O dia seguinte era domingo, A madrasta levou o me­nino à missa e se sentaram bem embaixo do púlpito, Nada incomum aconteceu durante a primeira parte do serviço; mas, logo que o padre começou seu sermão, a criança come­çou a espirrar e sua madrasta, apesar de todos os esforços para se conter, imediatamente soltou uma série de peidos e ficou tão vermelha que todos a olharam e ela desejou estar debaixo da terra. Como o ruído impróprio continuava, ininterruptamente, o padre não conseguiu continuar seu sermão e mandou o sacristão levar para fora aquela mulher que mostrava tão pouco respeito pelo lugar sagrado.

No dia seguinte, o padre foi à fazenda e repreendeu a mulher por se comportar tão mal na igreja. Ela escandali­zara toda a paróquia. "‑ Não é minha culpa", disse ela. "Todas as vezes que o filho de meu marido espirra, não posso deixar de peidar. Estou ficando louca por causa dis­so". Exatamente nesse momento, o menino, que se prepa­rava para sair com seu rebanho, soltou dois ou três espirros e a mulher respondeu imediatamente.

O padre saiu da casa com o menino e caminhou a seu lado, tentando descobrir seu segredo e repreendendo‑o o tempo todo. Mas o pequeno e hábil velhaco nada confes­sou. Quando passaram perto de um arbusto em que posta­vam empoleirados vários passarinhos, disparou num deles, com seu arco, e pediu ao padre para pegá‑lo. O padre con­cordou mas, quando chegou ao lugar onde o pássaro caíra, uma área coberta de espinheiros, o menino tocou sua flauta e o padre começou a rodopiar e dançar tão rápido, sem con­seguir conter‑se, que sua batina ficou presa nos espinhos; e, não demorou muito, estava toda esfarrapada.

Quando, afinal, a música parou, o padre pôde aquietar-­se; mas estava completamente sem fôlego. Levou o menino perante o juiz. de paz e acusou‑o de destruir sua batina. "‑ Ele é um bruxo malvado", disse o padre. "Deve ser castigado."

O menino pegou sua flauta, que cuidadosamente enfia­ra no bolso e, logo que fez soar a primeira nota, o padre, que estava em pé, começou a dançar; o funcionário come­çou a rodopiar em sua cadeira, o próprio juiz de paz pulava sem parar no assento e todos os presentes sacudiram as per­nas, de maneira tão incontida, que a sala do tribunal pare­cia um salão de baile.

Logo se cansaram desse exercício forçado e prometeram ao menino que o deixariam em paz, se ele parasse de tocar.

FONTE:
HISTÓRIAS QUE OS CAMPONESES CONTAM: O SIGNIFICADO DE MAMÃE GANSO, por Robert Darnton (Do livro: "O Grande Massacre de Gatos", Ed. Graal,1996, págs. 21-101).